Jornada Mundial da Juventude: uma experiência singular

Foto Divulgação

por Yuri Néri

A cidade do Rio de Janeiro recebeu, no final do mês de Julho, a Jornada Mundial da Juventude – JMJ -, um evento católico que reúne jovens cristãos de várias partes do mundo para celebrar e comemorar a sua fé, com a participação do Papa. Essa 8ª edição foi a segunda maior da história, com pouco mais de 3 milhões de jovens, só perdendo para a edição de 1995 nas Filipinas, que reuniu 4 milhões de pessoas.
    Mas não foi só o Rio de Janeiro que teve sua rotina mudada. Em Seropédica, a Igreja Matriz de Santa Terezinha acolheu 19 peregrinos venezuelanos, que foram recebidos por jovens católicos, moradores e também alunos, inclusive da UFRRJ.
    Uma das jovens que acolheu e conviveu com os católicos da Venezuela foi Juliana Poiares, estudante de Jornalismo na Rural. Ela define a JMJ como uma oportunidade de reafirmar a Igreja Católica como uma união de fiéis de todo o mundo.
    – Além de ser uma experiência muito agradável para conhecer pessoas de lugares diferentes e ter contato com outro idioma, há o divertimento que esse encontro gera, e a chance da Igreja reafirmar sua concepção de unificação, presente em todos os países – explica ela.
    Juliana acredita que encontrar jovens de outras regiões é uma grande oportunidade de conhecer histórias diferentes de quem, assim como ela, estuda ou trabalha e divide seu tempo com a sua religião, passando por situações, muitas vezes, semelhantes.
    – Essa união, esse encontro, nos fortalece, porque sabemos que existem pessoas de lugares distantes e culturas distintas que enfrentam os mesmos desafios que nós. Isso, sem dúvida, renova as energias para continuarmos seguindo Jesus – explica Juliana.
    Sentimento único
Para muitos dos que participaram, essa foi a primeira oportunidade de estar em um grande evento da Igreja católica, e especialmente, de encontrar o líder da sua religião, o Papa Francisco, que conquistou não só jovens da sua Igreja como de diversas outras crenças.
    O mesmo sentimento é compartilhado por Isabella Nascimento, também moradora de Seropédica e diz que muitos dos seus amigos, mesmo os de outras religiões, se encantaram com o carisma e a simplicidade do Papa Francisco.
    – Ele é um exemplo de humildade para qualquer pessoa, religiosa ou não. Uma pessoa simples, capaz de respeitar a todos, sejam ou não católicos – diz ela.
    Isabella diz que para os jovens católicos de Seropédica, essa foi a maior oportunidade da igreja mostrar que não é mais como antes.
    – A maioria tinha uma visão da Igreja como tradicional e pôde ver que não é só isso. Também somos uma igreja viva, renovada e animada – explica.
    Ela ainda se alegra ao lembrar dos momentos que presenciou na JMJ em Copacabana.
    – É uma emoção sem palavras. Só de você olhar para os lados e ver gente de todo o mundo ali, juntos, professando a mesma fé é algo indescritível -diz Isabella.
    Mesma emoção teve Wendel Vieira, que também esteve presente na JMJ.
    – Achei um evento fantástico. O mundo se concentrou em um único lugar. Pessoas de todo o planeta estavam presentes – complementa.
    A próxima Jornada Mundial da Juventude será daqui a três anos em Cracóvia, cidade de onde veio o então arcebispo Karol Wojtyla, hoje beato e Papa João Paulo II. Isabella defende que os jovens de Seropédica devem marcar presença.
    – A Polônia que nos aguarde!
 

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